Amanhece
por cima das casas
e
tu respiras de mim
os
últimos beijos fechados na escuridão,
roubas-me
lampejos aos olhos
para
que eles desmaiem ao teu encanto.
Tens
sulcos na pele
e
eu lágrimas que extraem
poros
de areia e sede,
aperto
o teu corpo eflúvio
impregnado
de sentidos
e
as horas avançam efémeras.
Amanhece…
desenhamos
segredos
aos
primeiros raios de sol
e
prometes
que
serás o meu cais para sempre.
De
novo moldamos
os
afetos
no
chão que se faz leito,
retoco-te
os contornos
com
a ponta dos dedos
na
plenitude dos meus olhos.
Indeléveis
ficam as marcas
do
verbo conjugado,
as
pálpebras deformam-se no êxtase
e
as pupilas ganham sombras.
Amanhece
por cima das casas
e
sublinho-te na minha consciência.
Uma
e outra vez…
-
© Francisco Valverde Arsénio -
Lindo... "Amanhece por cima das casas
ResponderExcluire sublinho-te na minha consciência.
Uma e outra vez…"