Não te encontrei, amor amada
sob a lua cheia dos poemas
nem por entre as estrelas que vagalumeavam
diante dos olhos serenos dos que amam , sonham
sorriem e sentem na pele
o frescor das noites claras.
Não te encontrei em meio a flores coloridas
roseirais, açucenas
tampouco frente ao lençol quarado
dos cafezais em flor.
Em verdade
naquela época eu era apenas
escombros de uma cidade bombardeada
e que em seu bojo trazia
a física solidão dos desesperados.
Eu te encontrei, amada minha
na ausência da espera e da esperança
no tempo das cicatrizes abertas
onde o espelho do dia refletia apenas os estilhaços
das noites que eu mesmo assassinava.
Mesmo assim te amo ainda
e creio que será para sempre.
Tanto assim que todos os dias me iludo
de ver à retina retornar
pontos de luz como se fosse fim de túnel
ou opaca claridade de tímida
porém nova e renascida espera
de mais uma esperança.
(Bruno Junger Mafra)
In “A Valsa Esquecida” pg 93
belissímo texto!!!
ResponderExcluirOlá, vim convidar vc apara ver as novidades em meu blog,espero vc por lá.
ResponderExcluirMuito obrigado
Neinha
oi... Vim visitar o seu cantinho e adorei. Já estou seguindo... Sou o número 1644 das Blogueiras Unidas. Você me daria uma forçinha, me seguindo também? Meu blog é o Alquimia dos Romances. Vou colocar o link aqui embaixo. Beijos e bom carnaval...
ResponderExcluirhttp://www.alquimiadosromances.com.br/
BJS!