"Amanheci a desferir lampejos de ternura. Um
tamborilar entrelinhas de pretéritos folheados quando a nostalgia é
requisitada. Amanheci sem sóis vendados, enxergando brilhos, prendas, cores, o
valor de cada ofício, a gincana de banalidades que nos faz gargalhar em tardes
de reuniões; família, amigos e paixões. E me sentindo estremecer de dentro pra
fora, como se a alma – ela mesma, dona e senhora de sua morada - chacoalhasse
lençóis-sentimentos e os esticasse sobre o leito das minhas intenções
externadas nesse olhar, meu caro, que lhe ofereço no primeiro instante de mim
desse dia que amanheceu e me puxou pela mão".
(Carla Dias)
Do conto O primeiro olhar de hoje
Matizes & Benquerenças
O dia como guia paciente leva para conhecer os detalhes da vida.
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