É aquela velha história. Amor, pra mim, só dura em
liberdade. Nasci pra ser livre e – quem quiser – que me aceite assim. Tenho um
coração que quase me engole, uma força que nunca me deixa e uma rebeldia que às
vezes me cega. Sou guerreira. Sou druida. Sou filha da lua. Quero sempre o voo
mais alto, a vista mais bonita, o beijo mais doce. Tenho um jeito de viver
selvagem, mas sou mansa com quem merecer. Não gosto de café morno, de conversa
mole, nem de noite sem estrela. Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes
fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa
coisa de pensar e achar explicação pra vida. Explicação mesmo, eu sei: não há.
E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe. E esse mesmo
coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem
rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: O que eu quero mesmo?
Por isso, eu te peço (de um jeito meio sem-vergonha, que
é assim que eu costumo ser): se eu gostar de você, tenha a gentileza de não me
deixar tão solta. Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar. Sou fácil
de ler, mas não tente descobrir por que o mesmo refrão insiste em tocar tanto.
Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. E me deixe
ser, assim, exatamente como eu sou. Meio gato, meio gente. Desconfiada. E
independente. E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo. Quer me prender?
Nem tente. Quer me adorar? A escolha é sua, meu amigo, vá em frente!
- Fernanda Mello - ♥
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