Fui
ali, logo ali...
Para
ver se deixava um pouco da solidão
que
impregnava os meus dias neste verão,
para
recuperar o sentimento, e me trazer a razão...
Mais
uma vez, fui ali,
me
procurar nos pedaços de tempo,
largados
em vão por chato esquecimento,
de
diário tormento, de foto sem chão...
Fui
ali, de novo ali...
Tentar
descobrir se eu ainda era eu,
se
a tela que pintei de mim, ainda sorria,
ou
o sorriso que me deixou um dia, realmente morria...
É...
Fui ali toda hora,
ontem
e agora, e não esbocei a reação de outrora,
que
ao lhe ver em aceno, em seu abraço ameno...
Corria
ao encontro do meu sentimento...
Ir
ali, vir aqui...
Sem
pensar ou dosar o falar...
Sem
perceber que o tremer
fazia
parte da magia no anoitecer,
e
na angústia de contornar um não mais falar,
revi
a sintonia do retrato tatuado nas existências de ontem,
ouvi
a sinfonia de tocar coração, ao encontrar apenas um não...
Aqui
ou num portão... Reli o caminho, me recolhi do carinho...
E
da crença do amar, ao acordar,
do
polir palavra, para te entregar,
e
do sentir a perda de quando parou
e
minha mão soltou...
Foi
ali sim... Que a história cessou, deu pausa...
Terminou...
- Poeta
Beto Ribeiro -
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