Entre
os teus lábios
é
que a loucura acode,
desce
à garganta,
invade
a água.
No
teu peito
é
que o pólen do fogo
se
junta à nascente,
alastra
na sombra.
Nos
teus flancos
é
que a fonte começa
a
ser rio de abelhas,
rumor
de tigre.
Da
cintura aos joelhos
é
que a areia queima,
o
sol é secreto,
cego
o silêncio.
Deita-te
comigo.
Ilumina
meus vidros.
Entre
lábios e lábios
toda
a música é minha.
-
Eugênio de Andrade -
um poema cheio de amor e de vontades..lindo.
ResponderExcluirbjs.Sol