O adeus que não lhe dei
seria em forma de uma,
de uma viola.
Cidade onde morei
a sua e a minha morte
se completam
numa canção de vento
e canavial.
Carros de boi berrantes
nas tardes quentes
tudo mastigado e só,
vontade louca de amar
por suas ruas maceradas
de solidão.
Seara seca do cérebro
toda a saudade depositada
numa urna que não se abre
carregando pra sempre
minha alma distante
vazia de mim.
- Bruno Junger Mafra -
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