Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mão incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo o que não for
natural como sangue e veias descubro,
que estou chorando todo dia, os cabelos
entristecidos, a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem, de
que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos -
só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
Obrigada pela presença lá no meu blog!
ResponderExcluirAdorei seu blog!
Beijos, Cáh Morandi
)P.S: Amo Adélia Prado!