Ninguém
sabe porque choro porque rio
porque me
dobro e me curvo
sobre o meu
próprio silêncio
porque
finjo ser quem nunca fui
nem
pretendo ser.
Acredito
que ninguém sabe...
Ninguém
sabe porque as noites
me são
difíceis
porque me
afundo no lençol
com que me
cubro
como se uma
mortalha fosse
Ninguém
sabe o que para mim
é amargo ou
doce o que
suporto
ou o que me
é impossível vivenciar
No fundo
ninguém me conhece...!
Ninguém
sabe como o amor tece
em nós
coisas que nunca sentimos
Nem ninguém
imagina
como é
respirar-se
pela pele
de quem não se tem
como é
sentir-se os olhos cheios
de quem
nunca se teve o coração
cheio
por quem
nunca se importou
e a alma
repleta
por quem
sempre nos extravasou.
Ninguém
sabe...!
Acho que
nem eu mesma sei
como é
viver-se com outra pessoa
dentro de
mim...
- São Reis
-
que brilho destas palavras.
ResponderExcluir