As dores doem. A saudade dói. Dói a ilusão. Tudo
vira ferida em mim, tudo sangra, tudo arrebenta. Dói a ilusão. Dói a ausência,
a exagerada presença. A incerteza. Dilacera, arranca pedaço, vira carma, poesia
e sina. Mesmo assim, aceito as dores e as cores que ela possui. Aceito e as
vezes reclamo. Me dano. Me inflamo. E declaro que meus desejos latentes estão
presentes nas dores da vida. É neste ensaio nada programado de lágrimas e
lampejos que deixo escorrer a rima, a alegria estacionada numa gota de
nostalgia. Admito esse velho monólogo e por teimosia viajo, procuro, encontro.
Faço silêncio e transcrevo essas angústias, desacelero e me repito. Existo e
por isso dói.
- Ju Fuzetto e Ita Portugal -
Existo, logo dói! Gostei muito do desabafo da dor! Parabéns! Beijos!
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