“Porque quando olho nos teus olhos sinto renascer
em mim todos os desejos que um dia matei e outros tantos que, por piedade,
escondi. Essa ardência que come a pele devagarinho e me faz gozar nos teus
olhos os poemas mais tolos de amor. Não! Eu não sei mais o que sentir! Mas
sinto tanto! Cada vez que te olho assim, bem dentro, nessa profundeza de mar
nunca antes explorado, nessa densidade que arrebenta os pulmões, que faz da
visão um ar turvo de bruma leve. Teu corpo é uma provocação para as minhas mãos
e eu não sei mais onde colocá-las. Deveria eu escondê-las nos bolsos, numa reação
inversa à minha angústia de te apertar nos braços, assim manso, contra o peito?
Não! Eu não quero ser incoerente, mas o meu sentir não tem previsão. Além do
que, a coerência é uma forma silenciosa de heroísmo e eu estou cansada de ser
forte. Quero a fraqueza nata das rosas. Aquela delicadeza de doer as pétalas,
uma a uma, quando tocada. Quero a dor de florescer em ti como rosa ainda
pequenina entre as tuas mãos. Quero a lealdade dos teus espinhos a proteger
minhas redondezas e o perfume do amor que emana de tua essência verdadeira.
Quero teus precipícios e silêncios. Quero-te, inteiro....”
- Tríccia Araújo -
Minha querida
ResponderExcluirUm texto muito belo...uma imensidão de sentimentos, uma escolha linda.
Um beijinho com carinho
Sonhadora (RosaMaria)
Amei!!!bem interessantes seu blog rs.
ResponderExcluirEspero sua visitinha super beijos.
greenappleartesanatos.blogspot.com.br