Da Boca Do Sonho by Stella de Sanctis

Não é a razão que tolhe
O transbordar da alma,
É o medo inconfesso.

Não me entendas paradoxo,
Nem utópica a malha que me veste.
Mal pousam teus reflexos nas vagas,
Minhas mãos te reconhecem.

Colibri dantesco sou música do sempre.
Leva-me... E te ensino o caminho,
Tresmalhando o fio do tempo.

Nem de vidro, nem de vento,
Matreiro, obreiro-arquiteto,
Expando-me em torrentes,
Silaba-se, insipiente.

... Sou começo,
Sutil, ao prumo do alento,
Graça embutida na semente.

- Stella de Sanctis -


Nenhum comentário:

Postar um comentário