A
uma luz perigosa como água
De
sonho e assalto
Subindo
ao teu corpo real
Recordo-te
E
és a mesma
Ternura
quase impossível
De
suportar
Por
isso fecho os olhos
(
O amor faz-me recuperar
incessantemente
o poder da
provocação.
É assim que te
faço
arder triunfalmente
onde
e quando quero.
Basta-me
fechar os olhos)
Por
isso fecho os olhos
E
convido a noite para a minha cama
Convido-a
a tornar-se tocante
Familiar
concreta
Como
um corpo decifrado de mulher
E
sob a forma desejada
A
noite deita-se comigo
E
é a tua ausência
Nua
nos meus braços
Experimento
um grito
Contra
o teu silêncio
Experimento
um silêncio
Entro
e saio
De
mãos pálidas nos bolsos.
Alexandre
O'Neill
(in
Poesias Completas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário