Falei
de ti com as palavras mais limpas
Viajei,
sem que soubesses, no teu interior.
Fiz-me
degrau para pisares, mesa para comeres,
tropeçavas
em mim e eu era uma sombra
ali
posta para não reparares em mim.
Andei
pelas praças anunciando o teu nome,
chamei-te
barco, flor, incêndio, madrugada.
Em
tudo o mais usei da parcimónia
a
que me forçava aquele ardor exclusivo.
Hoje
os versos são para entenderes.
Reparto
contigo um óleo inesgotável
que
trouxe escondido aceso na minha lâmpada
brilhando,
sem que soubesses, por tudo o que fazias.
- Fernando Assis Pacheco -
Nenhum comentário:
Postar um comentário