Segura Minha Mão by Helen Drumond

Segura minha mão amor,
que tenho medo e estou só.
Cansei amor de fingir coragem,
sou frágil. Segura minha mão.
A noite engole meu riso,
e as lágrimas podem correr livres.
É tão mansa a noite, tão amável e companheira.
Vem comigo amor, que estou só, mas vem agora.
No instante em que a noite me permite
confessar meus medos.
Vem antes que o riso volte a minha boca
e ela finja ser o que não sou e a todos engane.
Vem amor, segura minha mão, 
fita-me nos olhos, que eu de ti, não fugirei agora.
Mas nada posso prometer amor,
depois que o sol engolir a lua.
E eu for novamente aquela que todos vêem,
as que tem as mãos vazias da tua.
                                                                  
 (Helen Drumond)

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