Eis
que temos aqui a Poesia,
a
grande Poesia.
Que
não oferece signos
nem
linguagem específica,
não
respeita
sequer
os limites do idioma.
Ela
flui, como um rio.
Como
o sangue nas artérias,
tão
espontânea que nem se
sabe
como foi escrita.
E
ao mesmo tempo tão elaborada -
feito
uma flor na sua perfeição
minuciosa,
um
cristal que se arranca da terra
já
dentro da geometria impecável
da
sua lapidação.
(...)
- Rachel
de Queiroz -
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