A
pele
Só
a pele bastaria
Mas
há também o perfume
Essa
mescla de vida em intensidade
E
a expressão
Sublime.
Os
passos
Num
caminhar dançante
Subtileza
de garça
Entre
as ervas da fantasia
À
procura de sonhos.
Perante
ti
Nada
mais a existir
Nada
mais a procurar
Toda
tu preenches
Os
espaços infinitos
E
o tempo explode
O
tempo torna-se
ridicularmente
vazio
Sem
medida...
Deliro
Vejo
cores em frequências
Impossíveis
de enxergar
Bebo
dos teus lábios
Macios,
frutados, faiscantes
E
apazíguo-me na levedura da sensação
Os
sentidos em febril eloquência
Despertam,
endoidecem, hiperbolizam-se
São
maiores que o seu tamanho
São
sem tamanho.
Inebriante
Tu
és o meu tempo no espaço
És
a direção irreal na arquitetura
Impossível
do amanhã.
-
Pedro Barão de Campos -
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